Escondes-te do mundo porque tem de ser. Por medo ou desconfiança. Pensas que todos te querem mal, mesmo antes de dares uma tentativa ao bom senso.
O afastamento é sempre mais fácil, o sorriso que abafa o desconforto.
Simpático, prestável e bem parecido. É assim que te apresentas ao mundo que não te conhece. Mas quem já viu o que está por detrás da armadura, consegue imaginar o sufoco que interiorizas.
-“É a minha vida. Faço o que quero e ninguém tem o direito de apregoar”
Esta individualidade é uma constante. Presente até nos momentos partilha. Mas sabes que, às vezes, é preciso coragem para partilhar.
Não tens uma vida só tua. A nossa vida incorpora-se com a vida dos outros. Alimenta-se das experiências que temos em uníssono. Dos saltos que damos. Até dos afastamentos de que sentimos necessidade.
A vida prega-nos partidas cruéis, eu sei. Que nos endurecem e amadurecem.
Espero que, um dia, consigas chegar ao estado de transparência com o teu “alguém especial”. Quando o conseguires, saberás que todos os quases se transformaram em tudos.
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