Ontem deixei-te sozinho.
Disse-te ao almoço: - “Quando chegares a casa já sabes que
não estou cá!”, respondeste com um simples OK.
Deixei-te sozinho numa noite igual a tantas outras, talvez
apenas com mais chuva do que o normal.
No regresso a casa, já só com os meus pensamentos, indago
como é bom podermos fazer as nossas coisas. Aquelas que fazemos sem ajuda de ninguém.
De termos a capacidade do desapego (relativo, claro!). Passa-me pela cabeça se
é algo que não te importa minimamente?!
E se te habituares novamente a estar só?
Se pudesse, perguntar-te-ia - "Gostaste?"
É do teu agrado ficares apenas tu, no teu espaço? Sem mim? Em
que pensas?
Cheguei para dar conta que seguiste a tua rotina do ginásio, após
a soneca da tarde. Sendo assim, na realidade pouco sozinho tiveste!
E penso – de facto as mulheres complicam… A sorte é que
complicamos sozinhas!
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